domingo, 6 de outubro de 2019

Conteúdo 3º trimestre 9ª ano "ESPORTE ADAPTADO" Educação física

Educação física
3º Conteúdo 3º trimestre
Mayara  Campos  Rodrigues
Professora de  Educação Física
Colégio Militar da Policia Militar
“Marcantonio Vilaça II”
9ª ANO


ESPORTE ADAPTADO

O esporte adaptado foi idealizado pelo médico inglês Sir Ludwing Guttmann, neurologista e neurocirurgião, no ano de 1944. Ludwing desenvolvia suas atividades profissionais no centro de lesados medulares do Hospital de Stoke Mandeville e desenvolveu um programa de recuperação para seus pacientes envolvendo uma série de modalidades desportivas.
A prática de modalidades esportivas adaptadas no Brasil teve início após o ano de 1950, onde o carioca Robson Sampaio de Almeida fundou o clube do otimismo e o paulista Sérgio Serafim Del Grande fundou o clube dos paraplégicos. Os mesmos tornaram-se deficientes físicos em acidentes e procuraram reabilitação nos Estados Unidos. E, após a participação em diversas modalidades esportivas como parte integrante do programa de recuperação, retornaram ao Brasil e fundaram instituições com o objetivo de auxiliar a recuperação de outros deficientes.

A prática regular de um programa de exercícios físicos ou prática esportiva por pessoas com deficiência física pode ter três objetivos distintos: lazer, competição ou terapêutico. Pode proporcionar a oportunidade de testar seus limites e potencialidades, prevenir as enfermidades secundárias à sua deficiência, além de outros benefícios como:
·         Estimular a independência e autonomia;
·         Socialização com outros grupos;
·         A vivência de situações de sucesso e superação de situações de frustração;
·         Melhorar as condições organofuncionais (aparelhos circulatório, respiratório, digestório, reprodutor e excretor);
·         Melhorar a força e resistência muscular global;
·         Melhorar a velocidade;
·         Aprimorar a coordenação motora global e ritmo;
·          Melhorar o equilíbrio estático e dinâmico;
·         Promover e encorajar o movimento;
·         Prevenir deficiências secundárias; 
·         Manter ou promover saúde e condição física;
·          Desenvolver habilidades motoras e funcionais para melhor realização das atividades de vida diária.
O Comitê Paralímpico Internacional(IPC)  reconhece cinco categorias de deficiência para a participação em suas competições:
1-paralisados cerebrais;
2-deficientes visuais;
3-atletas em cadeira de rodas;
4-amputados;
5-les autres.

A equipe de classificação pode ser composta por três profissionais da área de saúde: médico,  professor de Educação Física e fisioterapeuta . A classificação é realizada em três estágios: médico, funcional e técnico.

Avaliação Médica

É realizada através de um exame físico para diagnosticar exatamente a patologia do atleta, bem como sua inabilidade que afeta a função muscular necessária para um determinado movimento. As informações são descritas em fichas apropriadas e arquivadas no banco de dados.

Avaliação Funcional

R
ealizada através de testes de força muscular, amplitude de movimento articular, mensuração de membros, coordenação motora, evidenciando os resíduos musculares utilizados para a performance na prova.

Avaliação Técnica

Consiste na demonstração da prova realizada utilizando as adaptações necessárias. São observados os grupos musculares na realização do movimento, técnica utilizada, prótese e órtese utilizada.
Durante a competição, os classificadores poderão continuar observando os atletas. O objetivo é analisar todos os aspectos possíveis. O classificador poderá monitorar uma classificação durante vários eventos.

CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL:
Atletismo:
As provas podem ser disputadas por atletas com qualquer tipo de deficiência em categorias masculina e feminina. Os atletas são divididos por classes de acordo com o seu grau de deficiência, que competem entre si nas provas de pistas, campo, pentatlo e maratona.
Para provas de campo - arremesso, lançamentos e saltos
F – Field (campo)
•    F11 a F13 – deficientes visuais
•    F20 – deficientes mentais
•    F31 a F38 – paralisados cerebrais (31 a 34 -cadeirantes e 35 a 38 - ambulantes)
•    F40 - anões
•    F41 a F46 – amputados e Les autres
•    F51 a F58 – Competem em cadeiras (sequelas de Polimielite, lesões medulares e amputações)Para provas de pista - corridas de velocidade e fundo
T – track (pista)
•    T11 a T13 – deficientes visuais
•    T20 – deficientes mentais
•    T31 a T38 – paralisados cerebrais (31 a 34 -cadeirantes e 35 a 38 - ambulantes)
•    T41 a T46 – amputados e les autres
•    T51 a T54 – Competem em cadeiras (seqüelas de Polimielite, lesões medulares e amputações)
Tênis de mesa:
Deficientes físicos como o lesado cerebral, lesado medular, amputados ou portador de qualquer tipo de deficiência física pode participar desta modalidade esportiva, onde as provas são realizadas em pé ou sentado. As provas podem ser realizadas em duplas e individuais, sendo a classificação de acordo com o nível de deficiência. As regras sofrem poucas modificações, em relação ao tênis de mesa convencional.
Os atletas são divididos em onze classes distintas. Quanto maior o número da classe, menor é o comprometimento físico-motor do atleta. A classificação é realizada a partir da mensuração do alcance de movimentos de cada atleta, sua força muscular, restrições locomotoras, equilíbrio na cadeira de rodas e a habilidade de segurar a raquete.

•    TT1, TT2, TT3, TT4 e TT5 – atletas cadeirantes
•    TT6, TT7, TT8, TT9, TT10 – atletas andantes
•    TT11 - atletas andantes com deficiência mental
Voleibol:
Praticado por atletas lesados medulares que participam de voleibol sentado e os amputados, que participam desta modalidade em pé .
O sistema de classificação funcional do voleibol é dividido, portanto, entre amputados e les autres. Para amputados, são nove classes básicas baseadas nos seguintes códigos:
AK - Acima ou através da articulação do joelho (above knee)
BK - Abaixo do joelho, mas através ou acima da articulação tálus-calcanear (below knee)
AE - Acima ou através da articulação do cotovelo (above elbow)
BE - Abaixo do cotovelo, mas através ou acima da articulação do pulso (below elbow)
Código básico de classificação para amputados:
•    Classe A1 = Duplo AK
•    Classe A2 = AK Simples
•    Classe A3 = Duplo BK
•    Classe A4 = BK Simples
•    Classe A5 = Duplo AE
•    Classe A6 = AE Simples
•    Classe A7 = Duplo BE
•    Classe A8 = BE Simples
•    Classe A9 = Amputações combinadas de membros inferiores e superiores.
Bocha:
Adaptada para paralisados cerebrais severos. O objetivo do jogo consiste em lançar as bolas o mais perto possível da bola branca. Os jogadores podem ser classificados em quatro classes:
•    BC1: Tanto para arremessadores CP1 como para jogadores CP2. Atletas podem competir com o auxílio de ajudantes, que devem permanecer fora da área de jogo do atleta. O assistente pode apenas estabilizar ou ajustar a cadeira do jogador e entregar a bola a pedido.
•    BC2: Para todos os arremessadores CP2. Os jogadores não podem receber assistência.
•    BC3: Para jogadores com deficiências muito severas. Os jogadores usam um dispositivo auxiliar e podem ser ajudados por uma pessoa, que deve permanecer na área de jogo do atleta mas deve se manter de costas para os juízes e evitar olhar para o jogo.
•    BC4: Para jogadores com outras deficiências severas, mas que não podem receber auxílio.
CP (Paralisia Cerebral).
Futebol:
O  atleta portador de paralisia cerebral compete na modalidade de campo e o atleta amputado compete na modalidade de quadra. Alterações nas regras como o número de jogadores, largura do gol e da marca do pênalti estão presente.
Futebol de Cinco :
Em Jogos Paralímpicos, esta modalidade é exclusivamente praticada por atletas da classe B1 (cegos totais) que não têm nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos; ou têm percepção de luz, mas com incapacidade de reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância ou direção.

Futebol de Sete
Os jogadores são distribuídos em classes de 5 a 8, de acordo com o grau de comprometimento. Durante a partida, o time deve ter em campo no máximo dois atletas da classe 8 (menos comprometidos) e, no mínimo, um da classe 5 ou 6. Os jogadores da classe 5 são os que têm o maior comprometimento motor.


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