segunda-feira, 26 de setembro de 2016

PRIMEIROS SOCORROS - 4º BIMESTRE - 7ºs ANOS



SEDUC
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO E QUALIDADE DO ENSINO
2° Colégio Militar da Polícia Militar
E.E.de Tempo Integral Marcantônio Vilaça II
Ato de criação Dec. 29.720 de 15 de Março de 2010
Coordenadoria Distrital de Educação 6
Professor (a):     Mayara Campos Rodrigues
Comandante Audiney Oliveira Ferreira Pinto
Série: 7º ano
Turma: 01, 02 e 03
EDUCAÇÃO FÍSICA
CONTEÚDO DE EDUCAÇÃO FÍSICA 4º BIMESTRE/2016
PRIMEIROS SOCORROS
São os procedimentos de emergência que devem ser aplicados a uma pessoa em perigo, visando manter seus sinais vitais e evitando o seu agravamento, bem como o seu conforto, até que ela receba assistência definitiva.
DIMENSIONAMENTO DA CENA:
n  Antes de se iniciar o atendimento, é importante que o socorrista faça a correta análise do local do acidente, a fim de identificar o número de vítimas, os possíveis riscos, garantindo a sua segurança e a das vítimas.
SINAIS VITAIS
Os sinais vitais são indicadores das funções vitais do corpo e podem orientar o diagnóstico inicial e acompanhar a evolução do quadro clínico da vítima.
n  TEMPERATURA - A temperatura reflete o balanceamento entre o calor produzido e o calor perdido pelo corpo.
n  RESPIRAÇÃO - A finalidade é a troca gasosa entre o sangue e o ar dos pulmões. A avaliação da respiração como sinal vital inclui: a frequência (movimentos respiratórios por minuto), caráter (superficial e profunda) e ritmo (regular e irregular). Método de verificação: ver, ouvir e sentir.
n  PULSO- O pulso é causado pela pressão do sangue contra a parede arterial em cada batimento cardíaco. O pulso é tomado onde uma artéria possa ser comprimida contra um osso. Verifica-se a : Frequência, ritmo e volume
TEMPERATURA
VARIAÇÕES:
Ø  INFECÇÕES
Ø  TRAUMA
Ø  MEDO
Ø  ANSIEDADE
Ø  EXPOSIÇÃO AO FRIO
Ø  ESTADO DE CHOQUE
Tipos de respiração:
APNÉIA – Cessação Intermitente da respiração
BRADPNÉIA – Respiração lenta, regular
TAQUIPNÉIA – Respiração rápida, regular
DISPNÉIA – Respiração difícil que exige esforço, aumentado e uso de músculos auxiliares.

Protocolos:
EXAME PRIMÁRIO
... Segurança do local.
... Controle Cervical.
n  A è Vias Aéreas
n  B è Respiração
n  C è Circulação
n  D è Exame Neurológico
n  E è Exposição da Vítima

EXAME SECUNDÁRIO
·         Verificar sinais vitais e iniciar o exame corporal pela região posterior e anterior do pescoço (região cervical), observando o alinhamento da traqueia (colocar o colar cervical).
·         Verificar se no crânio há afundamentos ou escalpes (couro cabeludo e testa);

 Exame físico detalhado
ü  Examinar o ombro (clavícula e escápula);
ü  Examinar o tórax, procurando por fraturas e ferimentos;
ü  Observar a expansão torácica durante a respiração;
ü  Examinar os quatro quadrantes do abdome, procurando ferimentos, regiões dolorosas e enrijecidas;
ü  Examinar a região anterior e lateral da pelve e a região genital;
n  Examinar os membros inferiores (uma de cada vez), as pernas e os pés (pesquisar a presença de pulso distal, motricidade, perfusão e sensibilidade);
ü  Realizar o rolamento em monobloco e inspecionar as costas do paciente, juntamente com a posterior da pelve, observando hemorragias e/ou lesões óbvias.
Monitoramento e reavaliação:
n  O monitoramento é realizado durante o transporte da vítima, devendo o brigadista reavaliar constantemente os sinais vitais e o aspecto geral do paciente.
MÉTODOS DE DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS
n  A causa mais frequente de alteração nas vias aéreas (obstrução) em vítimas de trauma é a inconsciência.
1.    Manobra tríplice ou elevação da Mandíbula
2.    Manobra de tração do mento
DESOBSTRUÇÃO de vias aéreas por corpo estranho (OVACE):
n  Em adulto, geralmente, a obstrução ocorre durante a ingestão de alimentos e, em criança, durante a alimentação ou recreação (sugando objetos pequenos).
n  A obstrução de vias aéreas superiores pode ser causada:
*       Pela língua;
*       Pela epiglote;
*       Por corpos estranhos;
*       Por danos aos tecidos.
 Vítima consciente, iniciar a manobra de Heimlich:
n  Em pé ou sentada
n  1. Posicionar-se atrás da vítima, abraçando-a em torno do abdome;
n  2. Colocar o polegar de uma das mãos entre a cicatriz umbilical e o apêndice xifoide e realizar 5 compressões.
VITIMA DEITADA
n  1. Posicionar a vítima em decúbito dorsal;
n  2. Ajoelhar-se ao lado da vítima ou sobre ela no nível de suas coxas, com seus joelhos tocando-lhe lateralmente o corpo;
n  3. Posicionar a palma da mão sobre o abdome da vítima, entre o apêndice xifoide e a cicatriz umbilical, mantendo as mãos sobrepostas; Realizar 5 compressões,
REANIMAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA
n  Reanimação Cardiorrespiratória são as manobras realizadas para restabelecer a ventilação pulmonar e a circulação sanguínea, tais como respiração artificial e massagem cardíaca externa; manobras estas utilizadas nas vítimas em parada cardiorrespiratória (morte clínica).
n  TÉCNICA EM ADULTO
 1 e 2 SOCORRISTA= 30 COMPRESSÕES e 2 insuflações durante 5 CICLOS.
n  TÉCNICA NA CRIANÇA E LACTANTE
   1 SOCORRISTA= 15 COMPRESSÕES e 2 insuflação durante 5 CICLO
   2 SOCORRISTA = 30 COMPRESSÕES e 2 insuflação durante 5 CICLO

HEMORRAGIA
n  É o extravasamento de sangue provocado pelo rompimento de um vaso sanguíneo: artéria, veia ou capilar. Dependendo da gravidade pode provocar a morte em alguns minutos. O controle de grandes hemorragias é prioridade.
A Hemorragia pode ser Classificada em:
1. Hemorragia Externa - pode ser vista porque extravasa para o meio ambiente, proveniente de uma ferida.
2. Hemorragia Interna - sangue extravasa para o interior do próprio corpo, dentro dos tecidos ou cavidades naturais.
SINAIS E SINTOMAS DA HEMORRAGIA:
ü   Pulso se torna fraco e rápido;
ü   Pele fica fria e úmida (pegajosa);
ü   Pupilas podem ficar dilatadas com reação lenta a luz;
ü   Queda da pressão arterial;
ü   Paciente ansioso, inquieto e com sede;
ü   Náusea e vômito;
ü   Respiração rápida e profunda;
ü   Perda de consciência, parada respiratória;
ü   Choque
CONTROLE DA HEMORRAGIA EXTERNA
1.    MÉTODO DA PRESSÃO DIRETA.
n  TORNIQUETE SOMENTE EM AMPUTAÇÕES.
n  Não é aconselhada por provocar o necrose do órgão  ou membro e consequentemente, sua amputação. Usá-la sempre como último recurso.
CHOQUE
Choque é uma situação de falência do sistema cardiocirculatório em manter sangue suficiente circulando para todos os órgãos do corpo.
§  TIPOS:
ü  HIPOVOLÊMICO;
ü   CARDIOGÊNICO;
ü  NEUROGÊNICO;
ü  PSICOGÊNICO;
ü  ANAFILÁTICO E
ü  SÉPTICO.

CUIDADOS COM A VÍTIMA EM CHOQUE
1. Manter permeabilidade das vias aéreas, controlar sangramentos e alinhar fraturas quando possível.
2. Administrar oxigênio o mais rápido possível (doze litros por minutos, sob máscara bem ajustada à face).
3. Manter o paciente aquecido.
4. Elevar os membros inferiores quando não houver contra indicação.
5. Não administre líquidos pela boca, apenas umedeça os lábios.
6. Conforte a vítima.
7. Solicite apoio médico ou transporte a vítima rapidamente ao hospital.
FRATURAS
       Fratura é uma lesão óssea de origem traumática, que pode ser produzida por trauma direto ou indireto, por alta energia ou baixa energia.
Classificação
a)            fechada: o foco de fratura está protegido por partes moles e com pele íntegra.
b) aberta ou exposta: o foco de fratura está em contato com o meio externo podendo o osso estar exteriorizado ou não.
Lesões Contusas
n  Fratura exposta em nível do maléolo externo do tornozelo esquerdo.
SINAIS E SINTOMAS DAS FRATURAS
1.    Dor;
2.    Aumento de volume;
3.    Deformidade;
4.    Impotência funcional;
5.    Crepitação óssea
PROCEDIMENTOS
a)    Não movimentar vítima antes de imobilizar.
b)    Fraturas expostas, controlar o sangramento e proteger o ferimento.
c)    Fraturas de ossos longos, alinhar, tracionar e imobilizar. Examinar a sensibilidade e pulso.
d)    Manter tração e alinhamento até a fixação da tala.
e)    Deformidades próximas à articulação que não corrigem com tração suave, imobilizar na posição em que se encontra.
f)     Quando imobilizar uma fratura incluir na tala a articulação distal e proximal da lesão.
g)    As talas devem ser ajustadas e não apertadas para não interromper a circulação local.
n  As queimaduras são lesões frequentes e a quarta causa de morte por trauma.
Camadas da pele
n  1. Epiderme: É a camada mais externa. É composta de várias camadas de células e não possui vasos sanguíneos.
n  2. Derme: É camada mais interna. Contém os vasos sanguíneos, folículos pilosos, glândulas sudoríparas, glândulas sebáceas e terminações nervosas especializadas.
n  3. Tecido subcutâneo: Camada situada logo abaixo da derme. E uma combinação de tecido fibroso, elástico e gorduroso.
ANATOMIA DA PELE











Classificação das Queimaduras
As queimaduras podem ser classificadas de acordo com a sua causa, profundidade, extensão, localização e gravidade.
Causa:
Térmicas, químicas, por eletricidade e por radiação.
Profundidade:
1o. Grau: só atinge a epiderme ou a pele (causa vermelhidão).
2o. Grau: atinge toda a epiderme e parte da derme (forma bolhas).
3o. Grau: atinge toda a epiderme, a derme e outros tecidos mais profundos, podendo chegar até os ossos. Surge a cor preta, devido a carbonização dos tecidos.
QUANTO A PROFUNDIDADE
Queimaduras de 1º grau:
*      Lesão superficial da epiderme;
*      Vermelhidão;
*      Dor local suportável;
*      Não há formação de bolhas;
*      Lavar o local com água fria corrente
Queimaduras de 2º grau
*       Lesão da epiderme e derme;
*       Formação de bolhas;
*       Desprendimento de camadas da pele;
*       Dor e ardência locais de intensidade variável;
*       Lavar o local com água fria corrente.
Queimaduras de 3º grau
*      Lesão da epiderme, derme e tecido subcutâneo;
*       Destruição dos nervos, músculos, ossos, etc.;
*       Retirar anéis, pulseiras, tornozeleiras e congêneres, pois a vítima provavelmente sofrerá inchaço.
Classificação das Queimaduras
LOCALIZAÇÃO:
Áreas críticas:
n  Mãos (incapacidade funcional)
n  Pés (incapacidade de locomoção)
n  Face (vias aéreas)
n  Genitais (perpetuação da espécie)
GRAVIDADE:
Sete fatores que determinam a gravidade:
n  Profundidade;
n  Extensão (regra dos nove);
n  Envolvimento de áreas críticas (mãos, pés face e genitália);
n  Idade da vítima (crianças e idosos);
n  Lesão pulmonar por inalação;
n  Lesões associadas;
n  Doenças pré-existentes
Procedimento
n  Isolar a vítima do agente causador do acidente e, em seguida lavar com água corrente limpa a área queimada;
n  Se a roupa estiver grudada na pele, tenha cuidado não tente retirá-la. Lave a região com água limpa. Se continuar aderido à pele, recorte ao redor do ferimento;
n  Se a queimadura ocorreu por exposição de agente químico ou cáustico, faça o contrário: remova a roupa para evitar que o produto permaneça em contato com a pele;
n  Não coloque água muito fria, gelo sabão ou qualquer ou qualquer produto químico sobre a região lesada. Isso pode agravar a área machucada;
n  Proteja o local com pano limpo e, se surgirem bolhas, não as rompas;
n  Para diminuir o inchaço, retire anéis, pulseiras e relógios da regiões que forem afetadas pelo edema da queimadura. 


 

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