sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Tarea Tecnología y Sociedade

Maestría en Educación y Sociedad

Asignatura:Tecnología y Sociedade

Profesor: MSc Osvaldo Miguel Gonzáles Prieto
Alumnas: Mayara Campos
            Elizete Lima
                Maria Elineuza
RESUMO:    

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SUAS RELAÇÕES SOCIAIS: A PERCEPÇÃO DE GERADORES DE TECNOLOGIA E SUAS IMPLICAÇÕES NA EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA
Artigo baseado na pesquisa de Rosemari Silveira e Walter Bazzo. Solicitado pelo Msc. Osvaldo Gonzalez como requisito da disciplina Tecnologia e Sociedade. Curso de Mestrado em Ciência da Educação - UPE.
O presente artigo tem como objetivo expor a concepção que as pessoas envolvidas (empreendedores e gestores) com o processo de desenvolvimento de inovações tecnológicas dentro de IEBTs (Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica) do Paraná possuem sobre ciência, tecnologia, inovação e suas relações com o contexto social.
Na sua abordagem metodológica foi a pesquisa qualitativa de natureza interpretativa. A técnica de coleta de dados foi uma entrevista individual semiestruturada. A amostra contou com 29 participantes.
Dentre seus resultados demonstraram que a grande maioria dos participantes da pesquisa possui uma visão ainda incipiente sobre ciência, tecnologia e suas relações sociais. Ficou evidenciada a necessidade de se mudar o paradigma atual da educação tecnológica, a fim de transformar a concepção do profissional da área tecnológica quanto a sua responsabilidade social nesse processo.
Os autores citam, Miranda (2002) afirma que a tecnologia moderna não pode ser considerada um mero estudo da técnica. Ela representa mais que isso, pois nasceu quando a ciência, a partir do renascimento, aliou-se à técnica, com o fim de promover a junção entre o saber e o fazer (teoria e prática). Segundo a autora:
A tecnologia é fruto da aliança entre ciência e técnica, a qual produziu a razão instrumental, como no dizer da Teoria Crítica da Escola de Frank-furt. Esta aliança proporcionou o agir-racional-com-respeito-a-fins, conforme assinala Habermas, a serviço do poder político e econômico da sociedade baseada no modo de produção capitalista (séc. XVIII) que tem como mola propulsora o lucro, advindo da produção e da expropriação da natureza. Então, se antes a razão tinha caráter contemplativo, com o advento da modernidade, ela passou a ser instrumental. É nesse contexto que deve ser pensada a tecnologia moderna; ela não pode ser analisada fora do modo de produção, conforme observou Marx. (MIRANDA, 2002, p. 51, grifo da autora)
A partir das análises dos entrevistados foi possível observar que a maioria apresentou certo desconforto quando indagados sobre a relação do contexto científico e tecnológico com a sociedade, (87%) dos participantes da pesquisa enxerga o contexto científico e tecno-lógico como uma alavanca para o desenvolvimento econômico e para a estruturação da socie-dade, como pode ser observado, por exemplo, na fala de Og:
“Eu acho que a tecnologia move muito a sociedade, ela é responsável por isso. Ela move porque ela faz girar a economia, porque para você produzir tecnologia você precisa gerar o capital intelectual e precisa de pessoas que estudem, porque a tecnologia não pode ser feita por pessoas sem estudo, o qual gera o conhecimento. Uma tecnologia nova gera novas tecnologias em cima daquelas que estão sendo desenvolvidas. Então, ela vai girando todos os ciclos da sociedade, da economia, do emprego.”
Foi nesse pensamento, que nos resultados obtidos, observa-se que para as empresas o desenvolvimento científico e tecnológico só interessa se for para gerar lucro, ou seja, a prioridade é econômica. Para alguns (13%) dos participantes da pesquisa, ciência, tecnologia e sociedade estão interligadas. Nesta perspecitiva, Se considerarmos que a tecnologia moderna está inserida e se produziu num contexto social, político e econômico determinado, originando uma sociedade capitalista, então a nossa visão de tecnologia e o seu papel na sociedade deverá ser diferente daquela que prega que a tecnologia é um mal necessário, pois se compreendemos que ela surgiu em certo período histórico, ela não é tão antiga quanto a técnica, isto é, não é inerente à condição humana.
Portanto, aguardamos uma mudança de valores culturais nas  próximas gerações. No entanto, é necessário investir-se na formação da população, de maneira que se possa oferecer uma educação científica e tecnológica que se preocupe, também, com as implicações sociais dos desenvolvimentos de inovações tecnológicas.
REFERÊNCIA

Silveira, R. M. C. F.; Bazzo, W. CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SUAS RELAÇÕES SOCIAIS: A PERCEPÇÃO DE GERADORES DE TECNOLOGIA E SUAS IMPLICAÇÕES NA EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA. Ciência & Educação, v. 15, n. 3, p. 681-694, 2009

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