Asignatura:Tecnología
y Sociedade
Profesor: MSc
Osvaldo Miguel Gonzáles Prieto
Alumnas: Mayara Campos
Elizete Lima
Maria
Elineuza
RESUMO:
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SUAS RELAÇÕES
SOCIAIS: A PERCEPÇÃO DE GERADORES DE TECNOLOGIA E SUAS IMPLICAÇÕES NA EDUCAÇÃO
TECNOLÓGICA
Artigo
baseado na pesquisa de Rosemari Silveira e Walter Bazzo. Solicitado
pelo Msc. Osvaldo Gonzalez como requisito da disciplina Tecnologia e Sociedade.
Curso de Mestrado em Ciência da Educação - UPE.
O
presente artigo tem como objetivo expor a concepção que as pessoas envolvidas
(empreendedores e gestores) com o processo de desenvolvimento de inovações
tecnológicas dentro de IEBTs (Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica) do
Paraná possuem sobre ciência, tecnologia, inovação e suas relações com o
contexto social.
Na
sua abordagem metodológica foi a pesquisa qualitativa de natureza
interpretativa. A técnica de coleta de dados foi uma entrevista individual
semiestruturada. A amostra contou com 29 participantes.
Dentre
seus resultados demonstraram que a grande maioria dos participantes da pesquisa
possui uma visão ainda incipiente sobre ciência, tecnologia e suas relações
sociais. Ficou evidenciada a necessidade de se mudar o paradigma atual da
educação tecnológica, a fim de transformar a concepção do profissional da área
tecnológica quanto a sua responsabilidade social nesse processo.
Os
autores citam, Miranda (2002) afirma que a tecnologia moderna não pode ser
considerada um mero estudo da técnica. Ela representa mais que isso, pois
nasceu quando a ciência, a partir do renascimento, aliou-se à técnica, com o fim
de promover a junção entre o saber e o fazer (teoria e prática). Segundo a
autora:
A tecnologia é fruto da aliança entre ciência e técnica, a qual produziu
a razão instrumental, como no dizer da Teoria Crítica da Escola de Frank-furt.
Esta aliança proporcionou o agir-racional-com-respeito-a-fins, conforme
assinala Habermas, a serviço do poder político e econômico da sociedade baseada
no modo de produção capitalista (séc. XVIII) que tem como mola propulsora o
lucro, advindo da produção e da expropriação da natureza. Então, se antes a
razão tinha caráter contemplativo, com o advento da modernidade, ela passou a
ser instrumental. É nesse contexto que deve ser pensada a tecnologia moderna;
ela não pode ser analisada fora do modo de produção, conforme observou Marx.
(MIRANDA, 2002, p. 51, grifo da autora)
A
partir das análises dos entrevistados foi possível observar que a maioria apresentou
certo desconforto quando indagados sobre a relação do contexto científico e
tecnológico com a sociedade, (87%) dos participantes da pesquisa enxerga o
contexto científico e tecno-lógico como uma alavanca para o desenvolvimento
econômico e para a estruturação da socie-dade, como pode ser observado, por
exemplo, na fala de Og:
“Eu acho que a tecnologia move muito a sociedade, ela é
responsável por isso. Ela move porque ela faz girar a economia, porque para
você produzir tecnologia você precisa gerar o capital intelectual e precisa de
pessoas que estudem, porque a tecnologia não pode ser feita por pessoas sem
estudo, o qual gera o conhecimento. Uma tecnologia nova gera novas tecnologias
em cima daquelas que estão sendo desenvolvidas. Então, ela vai girando todos os
ciclos da sociedade, da economia, do emprego.”
Foi
nesse pensamento, que nos resultados obtidos, observa-se que para as empresas o
desenvolvimento científico e tecnológico só interessa se for para gerar lucro,
ou seja, a prioridade é econômica. Para alguns (13%) dos participantes da
pesquisa, ciência, tecnologia e sociedade estão interligadas. Nesta perspecitiva,
Se considerarmos que a tecnologia moderna está
inserida e se produziu num contexto social, político e econômico determinado,
originando uma sociedade capitalista, então a nossa visão de tecnologia e o seu
papel na sociedade deverá ser diferente daquela que prega que a tecnologia é um
mal necessário, pois se compreendemos que ela surgiu em certo período histórico,
ela não é tão antiga quanto a técnica, isto é, não é inerente à condição
humana.
Portanto,
aguardamos uma mudança de valores culturais nas próximas gerações. No entanto, é necessário
investir-se na formação da população, de maneira que se possa oferecer uma
educação científica e tecnológica que se preocupe, também, com as implicações
sociais dos desenvolvimentos de inovações tecnológicas.
REFERÊNCIA
Silveira, R. M.
C. F.; Bazzo, W.
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SUAS RELAÇÕES SOCIAIS: A PERCEPÇÃO DE
GERADORES DE TECNOLOGIA E SUAS IMPLICAÇÕES NA EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA. Ciência & Educação, v. 15, n. 3, p. 681-694, 2009
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